Ei! Amigo! Acho que o seu intestino está para fora

O termo “morte limpa” não faz absolutamente nenhum sentido dentro do universo deturpado de Bulletstorm. Longe disso, a ideia aqui é chacinar sempre da forma mais nojenta, repulsiva e improvável. Além de espalhar sangue, vísceras e gritos de horror pelo pitoresco paraíso perdido do jogo... Você ainda vai ganhar pontos! (Incrível como um jogo de video game consegue conferir sentido a praticamente qualquer coisa)
Há um nome para esse modus operandi tão “particular”: “Kill with skill” (algo como “matança com habilidade”). E as últimas demonstrações levadas a público pela desenvolvedora People Can Fly (sim, a mesma de Painkiller) dão indícios de que a experiência final será tão doentia quanto terrivelmente divertida.

Quanto mais pitoresco e nojento, melhor...

Entre outras coisas, a People Can Fly apareceu com alguns bons exemplos de assassinatos que poderão ser explorados dentro do universo medonho de Bulletstorm — um paraíso perdido superlotado de aberrações e monstruosidades... Todas carentes de uma morte exemplarmente violenta e/ou engraçada.
Boa parte dos melhores “despachos” que se consegue no jogo vem da utilização de uma arma conhecida como “The Bouncer”. Trata-se de um canhão gigantesco que apenas pode ser conseguido com um acúmulo considerável de pontos de experiência — não é preciso forçar muito a imaginação para perceber como esses pontos podem ser obtidos, certo? Entre outros efeitos, um belo tiro de canhão produzirá a morte “The Facial”.
Mas há também outras, inclusive uma particularmente complicada de se conseguir executar. Para exibir a palavra “Mercy” na tela, você deverá disparar um tiro na virilha de um mutante — a eugenia agradece, de qualquer forma —, que imediatamente cairá de joelhos. Nesse momento, dispare outro tiro na cabeça do pobre coitado, e pronto. O problema é que descrever é mais fácil do que executar.


 Há também algumas obviamente engraçadas, embora não menos trágicas. Disparar um tiro de canhão contra o traseiro de um chefe gigantesco exibirá na tela a morte “Fire in the Hole” (fogo no buraco) — que é autoexplicativo, naturalmente.

 ...Mas que seja original

A ideia central é realmente fácil de entender, certo? Basta destroçar, empalar, mutilar e tirar o sangue dos mutantes à sua volta da forma mais cruel e violenta possível. Para tanto, além das armas, o misógino Grayson Hunt — seu protagonista superlotado de tiradas preconceituosas aqui — também terá à disposição diversos elementos do cenário. Mas há um mandamento, entretanto: as mortes deveriam ser sempre originais.





Não que você não possa repetir aquela sua “fórmula” preferida mais de uma vez. Entretanto, sempre que uma morte é repetida, a pontuação decresce um pouco. Mas convenhamos: são pelo menos 100 formas distintas para se despachar um inimigo — cada uma com um nome mais engraçado que a outra. Quer dizer, é só usar a imaginação.

Um reforço: o seu laço de energia

Por estranho que possa parecer, Bulletstorm é um jogo que incita a deliberação antes de cada assassínio. Afinal, quando existem pontos que podem comprar novas armas em jogo, o bom e velho headshot acaba perdendo um pouco da sua graça. Mas há uma boa notícia: o seu ímpeto de crueldade diabólica ganha aqui o apoio de uma espécie de laço de energia que permanece constantemente com Grayson Hunt; para efeitos de comparação, basta lembrar da “Blades os Chaos” utilizada por Kratos.
Uma vez que um inimigo tenha sido laçado, você terá alguns segundos para pensar na melhor forma de mandá-lo para o outro mundo. Sim, ainda pode ser um headshot. Mas também pode ser um chute na cara que termina com uma chuva de balas, embora também seja possível laçar o pobre sujeito em uma parede para então alvejá-lo impiedosamente e, por fim, assistir ao sangue brotando como em um chafariz das suas cavidades — não, nós não exageramos quando dissemos que as mortes deveriam ser “nojentas”.

Enfim, quanto mais vísceras você largar para trás, mais “skill points” acumulará. Basta então seguir até a “drop shop” mais próxima para garantir alguns upgrades, adquirir itens, desbloquear novas armas, etc.

Nojeira multiplayer

Sim, a chacina de Bulletstorm — do tipo que deixaria um veterano de guerra enjoado — também está disponível em modos multiplayer. E são dois, “Anarchy” e “Echo”. O primeiro é o clássico “Horde” popularizado por Gears of War: levas e mais levas de inimigos que se tornam cada vez mais poderosos e “inteligentes” — isso significa que, com o tempo, eles não vêm mais correndo para abraçar o seu canhão.
Já “Echo” é uma experiência single player cujo objetivo maior é competir por pontos em um ranking online. Você jogará através dos mapas do modo campanha, embora todos os diálogos e cenas de corte sejam deixados de fora; o negócio é fazer pontos.
Enfim, a combinação entre violência gratuita, humor negro e a misoginia caricata do protagonista Grayson Hunt tem tudo para fazer de Bulletstorm um dos títulos mais divertidos de 2011. Então, garanta o seu passaporte para o paraíso perdido.
Bulletstorm tem lançamento previsto para dia 22 de fevereiro do ano que vem. Fique ligado no Skarpede para mais novidades. See ya!